Eu torço por uma
felicidade tranquila. Calma, passo leve. Que viva todo dia e que não precise de
gritos, de palmas e de espirros ao vento.
Torço
por uma felicidade delicada, bonita de se ouvir e que só se vê com lupa:
entendendo de vez que “só se vê bem com o coração.”
Quero
uma felicidade quieta: felicidade de ninho.
Que
seja limpa de sobressaltos, que seja vivida por um mais um.
Torço
por uma felicidade que tire os pés do chão e dê razão, seja minimamente
primavera esperando verão.
Quero
uma felicidade maiúscula sem brados, que seja de sentir e não de tocar.
Quero
uma felicidade que não caiba na bolha da dependência, seja verdade nua e crua todos
os dias, seja vento no fim de tarde.
Torço
por uma felicidade de equilíbrio, que tenha uma vida toda pela frente com um
sorriso de amanhã certo.
Torço
por uma felicidade que não precise de promessas e que possa andar sem muletas:
que seja sustentável e de acessibilidade imediata.
Torço
por uma felicidade que viva por si e que não precise ser alimentada por palmas:
que entenda que o bom da vida seja “viver e deixar viver”, todos os dias, sem
amarras, sem marras, sem nós, só laços.
Torço
por uma felicidade de laços dourados: se um dia desfeita, pode ser fita de
novo.
Caroline Bozzetto - Costurando Letras
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