Preferia ter uma vida infinita no meu nome a ter um apartamento ou um carro.
Bens mundanos me agradam sim, e muito.
Se for dourado então, reúne o gosto do desejo com o agrado que os olhos comem sem dor: é sempre a minha preferência.
Não sou daquelas que guardam a vida em caixas ou em bancos: Esqueço de brincos pendurados e vou feliz, pro banho de mar.
Perco moedas, desajeitos e trejeitos depois já esqueci e trato de avançar.
Em caixa de jóias, cultivo amores e sonhos: metal eu uso na pele.
Me enfeitiça a vida em si, em seus atropelos do dia e nos tropeços que as noites de lua cheia dão. Me parece pouco razoável ser finito num espaço tão lindo que é viver.
Rezo pelo dia em que alguém se compadeça dos meus desejos e me entregue a carta de alforria: teu corpo é todo teu, viva o quanto quiseres.
Caroline Bozzetto - Costurando Letras
- Intensa, como sempre!
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