Enfim ela havia encontrado tudo
aquilo que almejara, era o momento de sossegar, de relaxar e aproveitar suas
conquistas pessoais, mas sentia-se inquieta, confusa... Hora feliz, hora
insatisfeita, como se nada fosse o bastante, como se aquilo fosse transitório e
que a vida voltaria a pregar peças a ela, achando motivos para incomodar-se,
entediar-se, sem valorizar as melhores coisas que estavam acontecendo... Queria
mais... Mais afeto, mais desejo, como se tudo precisasse girar em torno da sua
felicidade, queria atenção constante, porque a vida a tornou insegura. Não
sabia até quando as coisas continuariam plácidas, como se a calmaria fosse o
prenuncio de uma tempestade. Por vezes boicotava-se, por não achar-se
merecedora talvez ou pelo receio de que não durasse então preferia por fora a
perder, como se fosse mais fácil assim...
Muitas vezes sentimos as conquistas
como algo que não nos pertence, achamos que em algum momento a vida fosse mudar
e perderíamos tudo, como se estivéssemos à deriva, e mesmo sabendo que poderíamos
alinhar as velas e seguir para a terra firme preferimos seguir a maré, porque o
medo nos apavora e a insegurança nos assombra... Afastar o negativo e valorizar
o que conquistamos é o primeiro passo para apreciar o que é nosso por
direito...
Lupe Figueiró
Espero que vocês tenham gostado do texto de minha autoria. Nos vemos na próxima segunda-feira!
Beijos
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